quarta-feira, 15 de junho de 2011

Pré-história e História da Navegação


A partir de 4 mil anos a.C., três grandes focos de civilização estavam definidos: no Vale do Nilo (Egito), na Mesopotâmia (Oriente Médio, entre os rios Eufrates e Tigre) e no litoral Egeu (entre Grécia e Turquia).
As primeiras civilizações


As primeiras civilizações
Egípcios: As mais antigas representações de barcos conhecidas são egípcias. Numa região que se estendia ao longo de um rio do porte do Nilo, nada mais natural que o barco fosse o principal meio de transporte. Seus habitantes não dispunham de madeira apropriada para construir embarcações. Estima-se que as primeiras, construídas há pelo menos 6 mil anos, foram feitas com hastes de junco, ou papiro. Não se sabe quando os egípcios começaram a construir barcos de madeira, nem quando saíram do Nilo, navegando em pleno Mediterrâneo ou pelo Mar Vermelho. Estima-se que estas incursões começaram antes de 3 mil anos a.C.

Fenícios: Considerado o maior povo navegante da Antigüidade, os fenícios viviam numa área de apenas 400 quilômetros, entre as montanhas e o mar. No início, eram pastores, que acabaram empurrados até o mar por tribos mais poderosas. Por vocação ou necessidade, especializaram-se no comércio e na navegação. Situada no cruzamento das rotas comerciais, a Fenícia desempenhou importante papel na história do Mediterrâneo, possivelmente desde 4000 a.C. Cientes do valor de seus mercados náuticos, os fenícios guardavam segredo de suas rotas e de seus navios, além de espalharem notícias aterrorizantes acerca dos perigos do mar. Como resultado, sabe-se pouco de seus barcos. Quase todas as reproduções existentes procedem do Egito, da Grécia ou da Assíria.

Cretenses: Embarcados em seus navios, os cretenses faziam comércio com as ilhas próximas e com o continente em 3400 a.C. Por volta do ano 2000 a.C., o rei Minos foi o primeiro a criar uma armada. O comércio e a cultura de Creta influenciaram todo o Mediterrâneo oriental, até a Sicília. Os cretenses dominaram os mares por seiscentos anos, até que os micênicos, que absorveram muito de sua cultura, conquistando o sul da Grécia e as ilhas do Egeu, acabaram por tomar a própria Creta, por volta de 1400 a.C. Uma série de invasões e mistura de povos originou essa civilização que criou as bases do mundo moderno. Um território árido e montanhoso, repleto de baías, ilhas e penínsulas, desde cedo, ligou os antecessores dos gregos ao mar. Influenciada por Creta, Micenas foi a cidade que primeiro se destacou, fundando colônias e pontos comerciais na Sicília, sul da Itália, Rodes e Chipre.



Romanos: Roma foi criada aproximadamente no ano 1000 a.C. por povos latinos que viviam entre as colônias gregas do sul da Itália (Magna Grécia) e os etruscos ao norte. Desenvolveu-se rapidamente e, entre os séculos V e III a.C., apoderou-se de toda a Itália. De origem agrícola, os romanos demoraram a aceitar a necessidade de se lançar ao mar e só o fizeram com o desenvolvimento do comércio, que estimulou a construção naval. Em sua expansão, defrontou-se com Cartago, potência marítima herdeira das tradições fenícias, cujo comércio controlava todo o Mediterrâneo Ocidental. As Guerras Púnicas terminaram com a destruição de Cartago, arrasada e com seus sobreviventes escravizados. A extensão de seu poder sobre a Macedônia, a Síria, a Grécia, o Egito, a Península Ibérica, boa parte do Oriente Médio e a Gália veio logo depois. O Mediterrâneo transformou-se no mare nostrum. Os romanos adotaram modelos já existentes de navios mercantes e para os navios de guerra, se basearam nos ensinamentos gregos. Todo o Ocidente viveu sob o mundo romano por meio milênio, até que o império, já fragmentado e enfraquecido no século V d.C., foi invadido por povos bárbaros. Era o começo da Idade Média.



Árabes: O extraordinário ímpeto árabe, antes disperso em tribos pobres, fez com que, em menos de um século, o Islã se transformasse em potência mundial. A expansão marítima dos árabes dependeu da gente do mar que vivia nos países conquistados, na Síria, no Egito e no norte da África. As conquistas terrestres estenderam as áreas sob seu domínio ao redor do Mediterrâneo, tornando-as vulneráveis a ataques náuticos. Os bizantinos logo realizaram vários ataques rápidos e então, os árabes reativaram estaleiros e lançaram-se mar, até conquistarem toda a Sicília, em 902. O califado de Córdoba (reino árabe da Espanha) mantinha frotas de guerra que patrulhavam o Mediterrâneo e chegaram a rechaçar incursões vikings. Entretanto, ainda no século VIII, iniciaram-se divisões internas que lentamente enfraqueceram o poder marítimo árabe. Porém, eles trouxeram várias contribuições ao mundo, como a vela latina, desde muito utilizada no Mar Vermelho, era desconhecida na Europa antes dos árabes. O astrolábio, as biografias de marinheiros e os relatos de aventuras, como Sindbad, o Marujo, são frutos da marinharia árabe. A palavra almirante deriva de al amir-bahri, que significa comandante supremo. Diversas contribuições astronômicas e denominações geográficas também lhes são devidas, como a de Gibraltar.



Venezianos: Os fundadores de Veneza foram fugitivos de grandes cidades romanas que, impelidos pela fome e pelo medo, refugiaram-se nas lagoas pantanosas do Adriático no século V. Os venezianos transformaram-se, depois do ano 1000, na maior potência marítima e comercial do Mediterrâneo. Seus navios buscavam produtos no Oriente e os distribuíam pela Europa, inclusive na Inglaterra e em Flandres. Suas galeras de guerra mantinham privilégios e garantiam novas conquistas. Sua famosa diplomacia semeava discórdias e desconfianças entre os inimigos.



As Cruzadas: A comoção provocada por atos dos califas da Terra Santa, como a demolição da Igreja do Santo Sepulcro e os apelos dos governantes de Bizâncio foram pretextos para a convocação da primeira cruzada. Elas seguiram por terra, mas, para alcançar a Palestina, dependiam de transporte marítimo. A partir da cruzada dos reis preponderou a locomoção marítima. A chegada dos navios do norte ao Mediterrâneo provocou importantes alterações: o predomínio árabe foi rompido, as velas redondas ressurgiram e o comércio se expandiu.



Referências



AS PRIMEIRAS Civilizações. Disponível em: http://www.museunacionaldomar.com.br/estrutura/index.htm. Acesso em: 15 jun. 2011.



MUSEU Nacional do Mar – Embarcações brasileiras. Pré-história e história da navegação. Disponível em: http://www.museunacionaldomar.com.br/estrutura/index.htm. Acesso em: 15 jun. 2011.



Subtema do Grupo: “Tsunami e suas consequências para as RI”

Integrantes: Camila Carica / Livia Milani / Mayara Mori / Thassia Bollis

Nenhum comentário:

Postar um comentário