Um país de grandes dimensões de terra como o Brasil, deve levar em conta também as dimensões do oceano em que ele ocupa e o que implica essa ocupação. Entretanto, quando analisamos a própria questão do mar e as relações de trabalho que nele se inserem – a pesca, por exemplo – notamos certa ausência de projetos e políticas públicas.
A pesca artesanal é caracterizada pela ação de pequenos pescadores em embarcações pouco sofisticadas, e apesar de ser formada pela associação destes pescadores e de suas famílias em comunidades pesqueira, é responsável pela obtenção de mais de metade do peixe consumido no país.
Mesmo com essa evidente relevância da pesca artesanal, ela é especialmente atingida pela falta de dados, estatísticas e de projetos de acompanhamento que a incentivem. Constituindo-se a partir de laços familiares e de camaradagem, as comunidades de pesca artesanal formam uma identidade e uma cultura local muito forte. Dessa maneira, quando observamos o histórico de incentivos públicos que as perpassa, seus principais objetivos consistem em proporcionar um aumento de produtividade sem considerar as características locais e próprias daqueles pescadores.
Essa lógica de estímulos governamentais precisa ser modificada. O processo para se atingir tal mudança é complexo, uma vez que a estrutura atual está pautada numa demasiada valorização do capital e muitas vezes negligencia as relações sociológicas entre os grupos envolvidos. Portanto, uma das formas para alcançar um avanço no processo de transformação desse pensamento é a combinação entre a participação efetiva das comunidades locais, expressando seus interesses e necessidades, e o planejamento de projetos governamentais que atendam a demanda da população.
Integrantes: Cristiane Kempe/ Heloísa Castelli/ Julia Colmanetti/ Nathália Cordeiro
Referência
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