Mais de 11.000 mortos, 16.361 desaparecidos e outros 2.778 feridos. Aproximadamente 175.000 pessoas então alojadas em 2.000 centros de evacuação. Cerca de 150.000 edifícios foram destruídos ou danificados. 200.000 famílias continuam sem acesso a eletricidade e mais de 650.000 pessoas estão sem abastecimento de água. Esse era o cenário enfrentado pela Cruz Vermelha dias após um dos maiores desastres da história da humanidade, ocorrido em março de 2011 no Japão.
Imediatamente após a catástrofe, a Cruz Vermelha japonesa, conseguiu através de doações, enviar uma quantidade enorme de kits e matérias para socorrer as pessoas mais vulneráveis (cerca de 125.000 cobertores, mais de 25.000 kits de ajuda de emergência, e 11 mil kits de necessidades básicas).
A Cruz Vermelha japonesa disponibilizou dezenas de equipes de atendimento emergencial em hospitais próprios e clínicas móveis, juntamente com a cooperação de equipes especialistas estrangeiras. Foram enviados 424 voluntários em missões médicas apoiados por mais de 3.000 médicos, enfermeiros e pessoal de apoio para as zonas atingidas.
Doações de todo o Japão, que começaram em 14 de março, já atingiram cerca 60 bilhões de ienes (o equivalente a 1,2 bilhões de reais). Até mesmo um site (disponível em cinco línguas) foi disponibilizado para os familiares procurarem os desaparecidos, contabilizando 5.619 inscrições em poucos dias.
A reação ao desastre ocorrido no Japão em março de 2011 foi de uma rapidez impressionante, como revelam os dados acima de 31 de março, e configurou uma das mais eficientes ajudas humanitárias da história. A comunidade internacional demonstrou-se prontamente disposta a ajudar o Japão que, por sua vez, devido a sua condição sócio-econômica e a sua preparação para desastres naturais dessa natureza demonstrou uma capacidade tremenda de administrar e mobilizar o país para os trabalhos necessários.
Analisando toda essa mobilização internacional histórica fica a questão: até que ponto a comunidade internacional disponibiliza bilhões de dólares, centenas de equipes de apoio e milhares de toneladas de suprimentos sem interesses políticos? Inversamente à realidade nipônica, seria esse o mesmo cenário de mobilização em relação a desastres ocorridos em países sem expressão econômica e peso no cenário internacional?
Subtema do grupo: Comparação da Funcionabilidade de Ajuda Humanitária em Relação aos Tsunamis Ocorridos no Oriente nos anos de 2004 e 2011
Integrantes: Beatriz G. Staffen / Lucas C. Mazzoco / Mariana A. Soares / Matheus P. Patelli
Referência
Cruz Vermelha brasileira. Disponível em:
www.cruzvermelha.org.br/index. php?option=com_content&id=140% 3Ajapao&Itemid=108. Acesso em 06/06/2011.
Nenhum comentário:
Postar um comentário