quarta-feira, 1 de junho de 2011

Pirata é coisa do passado?


A pirataria na região do golfo de Aden é a prática econômica mais lucrativa de países como a Somália, por exemplo. Em 2008, foram contabilizados mais de 100 saques a navios estrangeiros por piratas somalis. Isto só é possível pelo país ser um Estado falido, ou seja, não ter uma ordem central; sobrevive de doações da ONU e tem baixa expectativa de vida. Essas condições sociais na Somália fazem com que a pirataria atraia cada vez mais os jovens, que estão entre 20 e 35 anos, geralmente pescadores.
Estes jovens piratas se organizam da seguinte maneira: um grupo rastreia navios estrangeiros, para em seguida, outro grupo liderar as operações conduzindo lanchas até o local de ataque. É neste momento que a abordagem é realizada pelos grupos que formam a força de ataque contra a embarcação alvo, sendo composto por veteranos da guerra civil da Somália. O próximo passo é a negociação do resgate de tripulantes seqüestrados realizado por um grupo incumbido desta tarefa.
Nesta reportagem escrita por RODRIGUES, é enfatizada a abordagem praticada pelos piratas que utilizam a estratégia da aproximação dos navios estrangeiros com o falso pedido de socorro, com a intenção de atraí-los para a costa do continente. Após cairem na emboscada, o navio é bombardeado (o pirata moderno é muito bem armado, ele possui: granadas, fuzis, metralhadoras e lançadores de mísseis), para intimidar os tripulantes, que não oferecem muita resistência. Quando o navio chega próximo a costa, iniciam-se as negociações com a empresa ou com o país de origem das mercadorias.
Os esforços para extinguir a pirataria até agora não surtiram muito efeito. A ONU tenta controlá-los por meio de sansões a pessoas e entidades que estão ligadas a pirataria somali. EUA, China e União disponibilizaram homens para o contra-ataque na região. Porém os ataques são crescentes e estão se expandindo cada vez mais longe do litoral somali. A pirataria na Somália só terá fim quando for instaurado um governo sólido que assista aos seus cidadãos.

Roberto Schmidt/APF (Retirada de “Somali faz ronda em praia de Hobyo, agosto de 2010”).

Roberto Schmidt/APF (Retirada de “Integrantes de milícia armada em praia de Hobyo, agosto de 2010”).



Roberto Schmidt/APF (Retirada de “Integrantes de milícia fazem a segurança de uma autoridade de Galmudug, região somali auto-proclamada autônoma não reconhecida oficialmente, agosto de 2010.”)




Roberto Schmidt/APF (Retirada de “Milicianos consomem folha de khat, uma planta com efeitos estimulantes, agosto de 2010”).

Referências


RODRIGUES; Alexandre. REVISTA SUPER INTERESSANTE, fev. 2009, ed. 262. Disponível em: <http://super.abril.com.br/cotidiano/como-agem-piratas-modernos-616485.shtml>. Acesso em: 03 maio 2011.

VEJA.COM. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/educacao/piratas-somalia/piratas-somalia.html>.
Acesso em: 03 maio 2011

SOMALI faz ronda em praia de Hobyo, agosto de 2010. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/blog/sobre-imagens/fotojornalismo/piratas-da-somalia>. Acesso em: 03 maio 2011

INTEGRANTES de milícia armada em praia de Hobyo, agosto de 2010. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/blog/sobre-imagens/fotojornalismo/piratas-da-somalia>. Acesso em: 03 maio 2011

INTEGRANTES de milícia fazem a segurança de uma autoridade de Galmudug, região somali auto-proclamada autônoma não reconhecida oficialmente, agosto de 2010. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/blog/sobre-imagens/fotojornalismo/piratas-da-somalia>. Acesso em: 03 maio 2011

MILICIANOS consomem folha de khat, uma planta com efeitos estimulantes, agosto de 2010. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/blog/sobre-imagens/fotojornalismo/piratas-da-somalia>. Acesso em: 03 maio 2011

Subtema do Grupo: “Pirataria marítima e combate ao terrorismo”
Integrantes: Norberto J.P. Filho / Lucas Saifi / Natália Villa Finco / Rafael Siervi













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