quarta-feira, 1 de junho de 2011

Imigração e Colonização no Brasil e no estado de São Paulo

A imigração européia para o Brasil está diretamente ligada com a escravidão. O fluxo de imigração de europeus para o Brasil no século XIX é um tipo único de corrente povoadora.

Os imigrantes são estimulados a virem para o Brasil por uma política oficial de povoamento e por iniciativas privadas de particulares que estavam interessados na obtenção de mão-de-obra.

Anterior à vinda da família real para terras brasileiras, a imigração tinha objetivos políticos e militares. Com a vinda da família real para o país, a imigração passa a ser necessária para a estruturação de uma base confiável para a sede da monarquia portuguesa. A partir deste momento, a vinda dos europeus para cá possui caráter demográfico, de tentativa de homogeneizar a população dispersa do país, ainda composta por 50% de escravos.

A formação de uma nova corrente imigratória para o Brasil era indispensável e inadiável no momento, pois o método escravista estava ruindo e o país, em plena expansão econômica, não poderia ficar sem mão-de-obra.

Os governos que assumiram após a partida da família real continuaram com o estímulo á imigração européia. O incentivo e a necessidade de pessoas no país eram grandes, mas dificuldades como a adaptação ao clima, pouca organização social e econômica e o governo vigente nas terras brasileiras tinham de ser superadas, para que o Brasil se tornasse um país atraente aos olhos dos europeus.

Após o fim total da escravidão, a colonização passa a ser de maneira diferente, os trabalhadores são assalariados e encaminhados diretamente para as lavouras que mais necessitavam de mão-de-obra. Esse processo inovador de imigração é primeiramente implantado na província de São Paulo, e posteriormente se transfere para as outras províncias.

A situação internacional se torna favorável, especificamente no ano de 1876, quando a Itália está passando por inúmeras perturbações políticas e sociais, e a corrente imigratória italiana cresce e domina a imigração européia para o Brasil. os italianos foram os imigrantes que se adaptaram melhor ao clima do país, além de serem melhores trabalhadores. E o governo brasileiro passa a fazer propaganda do país na Europa, e paga a vinda desses trabalhadores para cá, o que torna tudo mais atrativo para o imigrante.

O oeste de São Paulo e a região Sul se tornam as regiões mais atraentes para os imigrantes por seu crescimento econômico e necessidade maior de mão-de-obra, e, portanto o fluxo imigratório é direcionado especialmente a estas duas regiões.

A imigração para o Brasil tem seu ápice no último quartel do século, e especialmente no ano da abolição (1888) tem um crescimento muito grande e chega a 33.000 indivíduos. A partir desse momento, ela permanece em um nível médio anual superior a 100.000 imigrantes.

Referências

JUNIOR, Caio Prado. História Econômica do Brasil. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/48905636/Historia-Economica-do-Brasil> Acesso em: 25 de maio 2011.

Subtema do Grupo: “Formação do estado de São Paulo através do mar”
Integrantes: Fernanda Pozzi/ Luísa Martins/ Priscila Bonnes

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