Durante sua propagação no mar, uma onda perde muito pouca energia. Pode, portanto, percorrer distâncias consideráveis e destruir costas situadas a milhares de quilômetros de seu mecanismo gerador. Para se ter uma ideia, em 1960, um terremoto de 9,5 graus na escala Richter que atingiu o Chile desencadeou um tsunami devastador que chegou ao Japão. Quando a onda se aproxima do litoral, a profundidade do mar diminui e provoca então um aumento de sua altura, que pode chegar a mais de 20 metros."A primeira onda tem a tendência de se retirar da costa. É um sinal precursor muito conhecido das tsunamis", explica David Booth, sismólogo do Instituto de Edimburgo, na Escócia.
Os principais países costeiros do Pacífico coordenam atualmente suas observações para prevenir os riscos provocados por estas ondas oceânicas. Um centro de alerta de tsunamis reúne as informações no arquipélago do Havaí, Estados Unidos.
Apesar da maior parte dos tsunamis serem registrados depois de um terremoto, existem outras origens possíveis, segundo o geofísico francês Emile A. Okal: as avalanches submarinas, às vezes desencadeadas por sismos como na Papua Nova Guiné em 1998 (2.000 mortos), a explosão de um vulcão como no caso do Krakatoa, pequena ilha entre Java e Sumatra (36.400 mortos em agosto de 1883), ou a queda de um asteróide no mar.
Alguns maremotos menores também podem ser provocados por fenômenos meteorológicos como as mudanças de temperatura violentas que resultam em tempestades e fortes ventos.
Embora os tsunamis ocorram mais freqüentemente no Oceano Pacífico, podem ocorrer em qualquer lugar. Existem muitas descrições antigas de ondas repentinas e catastróficas, particularmente em torno no Mar Mediterrâneo. Os milhares de portugueses que sobreviveram ao grande terremoto de Lisboa de 1755 foram mortos por um tsunami que se seguiu poucos minutos depois. Antes da grande onda atingir, as águas do porto retrocederam, revelando carregamentos perdidos e naufrágios abandonados. No Atlântico Norte, o Storegga Slide tem a maior incidência.
Em 2001, cientistas previram que uma futura erupção do instável vulcão Cumbre Vieja em La Palma (uma ilha das Ilhas Canárias) poderia causar um imenso deslizamento de terra para dentro do mar. Nesse potencial deslizamento de terra, a metade oeste da ilha (pesando provavelmente 500 bilhões de toneladas) iria catastroficamente deslizar para dentro do oceano. Esse deslizamento causaria uma megatsunami de cem metros que devastaria a costa da África noroeste, com uma tsunami de trinta a cinqüenta metros alcançando a costa leste da América do Norte muitas horas depois, causando devastação costeira em massa e a morte de prováveis milhões de pessoas. O Brasil, que não tem sistema de alarme de tsunami, moradores e turistas seriam pegos de surpresa, repetindo as cenas trágicas que aconteceram no tsunami de 2004 na Ásia...
Veja o vídeo abaixo, com detalhes sobre esse possível acontecimento:
Referências
ENTENDA como os tsunamis se formam. IG, Mundo. Disponível em: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/entenda+como+tsunamis+se+formam/n1238149954513.html. Acesso em: 29 maio 2011.
MEGA Tsunami: a onda da destruição. Starnews 2001. Disponível em: http://www.starnews2001.com.br/tsunami/megatsunami.htm. Acesso em: 29 maio 2011.
TSUNAMIS. Fim do Mundo. Disponível em: http://www.tudook.com/fimdomundo/tsunamis.html. Acesso em: 28 maio 2011.
BRASIL pode ser atingido por tsunami, após terremoto no Japão de 8.9. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=-GfwKMTBK_U&feature=player_embedded. Acesso em: 29 junho 2011
Subtema do Grupo: “Tsunamis e suas conseqüências para as Relações Internacionais”
Integrantes: Camila Carica / Lívia Milani / Mayara Mori / Thassia Bollis
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