quarta-feira, 4 de maio de 2011

Resenha
KOLBERT, Elizabeth. Mar ácido. National Geographic Brasil, São Paulo, ano 11, n. 133, p. 68–87, abr. 2011.


A partir da Revolução Industrial, intensificou-se a emissão de poluentes resultantes da queima de combustíveis fósseis, do desmatamento de florestas e do crescimento urbano desordenado.
Embora “poluição ambiental” seja um tema amplamente discutido nos dias atuais, pouco se tem conhecimento de que a alteração do ecossistema marinho também tem como causa, talvez a principal, a emissão de gases, especialmente o dióxido de carbono.
O gás carbônico, em contato com a superfície oceânica, reage e libera íons de hidrogênio na água que, dispersos por todo o mar, aumentam sua acidez. Dessa forma, diversas espécies de seres vivos sofrem com a alteração na disponibilidade de nutrientes e na capacidade de reprodução e formação de conchas e esqueletos de carbonato de cálcio. Além disso, a acidificação permite maior penetração dos raios solares na superfície do mar e reduz em 40% a capacidade de absorver e abafar infrassons, aumentando, então, o nível de ruído no oceano.
Mesmo que a absorção de dióxido de carbono pelos oceanos seja um fenômeno benéfico para a vida terrestre, contribuindo para o combate ao aquecimento global, na realidade, de acordo com os estudos de Elizabeth Kolbert, é tão prejudicial quanto este último. Ademais, segundo a pesquisadora, a acidificação é um processo irreversível por se tratar de um fenômeno em escala oceânica e está avançando em um ritmo mais acelerado do que o ocorrido há aproximadamente 55 milhões de anos, quando houve uma drástica elevação da acidez marítima que, ao contrário do que vem acontecendo atualmente, levou um longo período para atingir seu nível mais crítico.


Tema: Poluição e administração das áreas litorâneas
Integrantes: Mayra do Prado, Beatriz Miyashiro, Juliete da Silva, Isabella Petinari


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