quarta-feira, 25 de maio de 2011

Como salvar os ecossistemas marinhos?

As riquezas em flora e fauna que encontramos nos mares e oceanos são de essencial importância para a humanidade e, mesmo assim, agimos de forma agressiva sobre esses ecossistemas, colocando em risco a sua sobrevivência.
Ainda que de forma lenta e gradual, já são feitos esforços há algum tempo para a resolução desse problema ambiental, o mapeamento dos oceanos ocorre em diversas partes do planeta. A UNESCO realizou uma conferência, em janeiro de 2010, onde foram expostas quatro das abordagens mais recorrentes do “planejamento sistemático de conservação – hotspots, representação, ecorregiões e áreas-chave” dentro da biogeografia.
Hotspots: São áreas ricas em espécies como, por exemplo, o Sudeste da Ásia, “com cerca de 100.000 km² de recifes de corais e mais de 2 mil espécies de recife.” 1 (Os chamados coldspots, ou áreas pobres em espécies, são, no entanto, mais vulneráveis em termos ecológicos e também precisam ser inseridos no processo de preservação.)
Representação: Constitui na elaboração de classificações, baseadas em dados, do meio ambiente marinho, para avaliar a representação de escalas espaciais.
Ecorregiões: Abordagem ecossistêmica1, considerando-se o funcionamento ecológico das áreas consideradas.
Áreas-chave: Locais específicos onde grandes fenômenos ecológicos acontecem, como, locais de reprodução de baleias ou locais onde há espécies ameaçadas de extinção.
Na prática, as diversas ONGs que trabalham em prol da conservação dos mares e oceanos utilizam uma combinação dessas abordagens. É o caso da Conservação Internacional (CI), da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), entra outras. As diversas organizações denominaram, então, as áreas definidas como prioritárias como Áreas de Proteção Marinha (APMs). Mas essas APMs abrangem nos dias de hoje outras áreas além das prioritárias, existem em torno de 5045 APMs no mundo, o que abrange aproximadamente 4% da plataforma continental e 0,7% da superfície do oceano.
“A ciência biogeográfica tem o potencial para aprofundar a compreensão dos processos ecológicos e evolutivos, reforçar a voz da conservação no discurso político e educar e inspirar o público a cuidar da biodiversidade marinha e da necessidade de uma ética de conservação.” ¹


Conheça o Projeto Biomapas da Petrobras:



Referências

¹LOURIE, S. A. Mapear os Oceanos para salvar os mares. Planeta. ed.456, p.73-77, set. 2010

Canal Petrobras. Biomapas Petrobras - Expedições Marinhas. Disponível em: < http://www.youtube.com/watch?v=K1L0-7AESZk >. Acesso em: 04 nov. 2010.

Subtema do grupo: “Meio ambiente, mudança global e impactos humanos na Terra”.
Integrantes: Ana Paula S. Teixeira / Annelise C. Bratkowski

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