Para entender a formação geológica deve-se desmistificar o termo pré-sal, o qual se refere à temporalidade geológica de formação e não à profundidade. O “pré” refere-se à escala de tempo, ou seja, está em uma camada estratigráfica que é mais antiga do que a camada de rochas salinas. Estudos afirmam que a formação das reservas petrolíferas sob a camada de sal começou com o acúmulo de matéria orgânica no fundo de lagos de Gondwana, o supercontinente que existiu há mais de 130 milhões de anos. Com a fragmentação deste formaram-se profundos lagos que acumularam sedimentos por aproximadamente 15 milhões de anos. O clima da época era quente e árido, o que favorecia a evaporação das águas dos mares e a deposição de sal no leito do mar por aproximadamente cinco milhões de anos e a camada orgânica existente acabou ficando presa abaixo do sal. Da separação entre as placas tectônicas emergiu o magma, que acabou formando o solo submarino por cima da camada de sal e do material orgânico preso embaixo dessa camada.
Já no que concerne a exploração do pré-sal a Petrobras realizou estudos técnicos para o desenvolvimento do pré-sal, associados à mobilização de recursos de serviços e equipamentos especializados e de logística, para garantir o sucesso da exploração. A empresa promete a construção de novas plataformas de produção, mais embarcações de apoio, além da maior frota de sondas de perfuração a entrar em atividade nos próximos anos. As ilhas flutuantes, plataformas com 200 funcionários cada, são aonde se dará a exploração do petróleo. Como essas plataformas ficam longe da costa, são necessários helicópteros para transportar os trabalhadores e pousarem nelas. A temperatura do petróleo resfria a partir de quando ele sai da camada para a superfície. Esse resfriamento pode entupir e coagular os dutos. Por isso, é preciso criar um revestimento de aço preenchido com cimento espacial, já que o petróleo sai da rocha muito quente e pode formar precipitações quando em pequeno contato com o mar gelado. Ainda, esses dutos serão postos em condições hostis como alta pressão, temperatura e tração (da plataforma, que balança) e gases corrosivos.
Estudos apontam gastos em torno de 600 bilhões de dólares, que representam 45% do PIB brasileiro para extrair os 50 bilhões de barris estimados para os blocos de exploração de Tupi, Júpiter e Pão de Açúcar. Além disso, a empresa já concluiu as negociações para a venda da primeira carga de petróleo (um milhão de barris) produzida no pré-sal e destinada à exportação.
Referências
OLIVEIRA, Lucas Kerr de. O petróleo da camada pré-sal. Disponível em:
<http://diariodopresal.wordpress.com>. Acesso em: 15 maio 2011.
UBS PACTUAL, PETROBRAS e EXPETRO. O tamanho do desafio. Disponível em:
<http://veja.abril.com.br/030908/popup_brasil01.html>. Acesso em: 16 maio 2011.
Integrantes: Daniel Spitaletti Navarro, Guilherme Gutierrez Figueiredo e Matheus Piloni Pulicci
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