A questão histórica e estratégica do submarino de propulsão nuclear brasileiro
No Brasil, houve interesse em adquirir tecnologia do submarino nuclear, na época do governo militar, com a implantação do Programa Nuclear Brasileiro. Embora os militares negassem que este programa teria como finalidade o desenvolvimento da tecnologia bélica, investigações da imprensa sobre as operações militares em 1979, no governo Geisel, revelavam a existência de um Programa Nuclear Paralelo, desenvolvido pela marinha, que tinha como objetivo o desenvolvimento de um submarino com propulsão nuclear e tambémgarantir ao Brasil o domínio do ciclo de combustível nuclear a partir de tecnologias próprias.
Assim, os militares criaram o Centro Experimental Aramar, no município de Iperó, no interior do estado de São Paulo, um complexo de pesquisa tecnológica para desenvolver e controlar o processo de enriquecimento do urânio. Em 1986, os militares assumiram ao público o Programa Nuclear Paralelo e também revelaram que o complexo de Aramar, além de pesquisar o processo de enriquecimento, também realizava pesquisas no campo de reatores nucleares para serem instalados em submarinos nucleares.¹
Recentemente, houve o acordo militar entre Brasil e França assinado no fim de 2008.
Este visa o desenvolvimento do submarino de propulsão nuclear brasileiro a partir de uma adaptação do submarino francês convencional, de propulsão diesel-elétrica, Scorpène, modelo que será produzido pela marinha brasileira, em quatro unidades, graças à transferência de tecnologia que o acordo permite. Essas unidades se juntariam a frota de submarinos Tupi, que empregam tecnologia alemã, mas já estão defasados tecnologicamente. Como o casco do submarino nuclear que se pretende desenvolver é muito maior que o modelo convencional, há a necessidade de um estaleiro maior. A marinha estuda construir um complexo industrial naval novo próximo ao Porto de Itaguaí no Rio de Janeiro. A previsão do projeto é que o primeiro submarino de propulsão nuclear brasileiro saia por volta de 2021. Porém, graças a cortes no orçamento militar de 2011 (governo Dilma Rousseff), é pouco provável que esta data seja cumprida, a não ser que sejam retomadas as diretrizes primárias.²
Quanto ao emprego estratégico, o Ministério da Defesa assevera que os submarinos serão usados no controle de áreas marítimas, proteção das reservas petrolíferas e das instalações navais e portuárias nas águas jurisdicionais brasileiras. Também ficarão prontos para responder a qualquer ameaça às vias marítimas de comércio.³
¹O SUBMARINO nuclear e a bomba brasileira. Disponível em: <http://www.nuctec.com.br/educacional/submarino.html>. Acesso em: 11 maio 2011.
²SUBMARINO nuclear brasileiro pode sair daqui a 12 anos. Disponível em: <http://www.estadao.com.br/noticias/geral,submarino-nuclear-brasileiro-pode-sair-daqui-a-12-anos,372283,0.htm>. Acesso em: 11 maio 2011.
³BONIN, Robson. Lula e Sarkozy assinam acordo para construir submarino nuclear brasileiro. Disponível em: <http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL1289700-5601,00-LULA+E+SARKOZY+ASSINAM+ACORDO+PARA+CONSTRUIR+SUBMARINO+NUCLEAR+BRASILEIRO.htm>. Acesso em: 11 maio 2011.
Subtema do grupo: “O submarino de propulsão nuclear brasileiro”
Integrantes: Kevin Chung Kai Gabriel Yang / Luiz Fernando Gianese Quagliano Junior
³BONIN, Robson. Lula e Sarkozy assinam acordo para construir submarino nuclear brasileiro. Disponível em: <http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL1289700-5601,00-LULA+E+SARKOZY+ASSINAM+ACORDO+PARA+CONSTRUIR+SUBMARINO+NUCLEAR+BRASILEIRO.htm>. Acesso em: 11 maio 2011.
Subtema do grupo: “O submarino de propulsão nuclear brasileiro”
Integrantes: Kevin Chung Kai Gabriel Yang / Luiz Fernando Gianese Quagliano Junior
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