domingo, 22 de maio de 2011

The Tsunami Legacy: Innovation, Breakthroughs and Change

            O título acima demonstra a importância da análise dos fenômenos naturais – especialmente maremotos e tsunamis – e a projeção internacional desde a tragédia na Indonésia, em 2004. Tal tragédia dizimou mais de 230 mil pessoas não apenas na Indonésia, mas em outros 14 países. O terremoto, que atingiu entre 9,1 e 9,3 graus na escala Richter, foi o segundo maior já registrado no mundo e provocou ondas gigantes de 15 metros. Além dos mortos, mais de 1,5 milhão de pessoas ficaram desabrigadas. 
            Além das mudanças que negativas que gerou nos países atingidos, este tsunami despertou o alerta sobre seus riscos para resto do mundo e que sua reincidência na Indonésia – que possui 13% de vulcões ativos do mundo e é afetada por 11% dos grandes terremotos que ocorrem no planeta, sendo provavelmente “o país mais vulnerável aos desastres naturais”, segundo o chefe do Departamento de Ajuda Humanitária da Comissão Européia (ECHO) para a Indonésia e Timor-Leste – estaria longe de ser improvável.  Prova disso é outro tsunami, menos devastador, que acometeu o país seis anos depois. Além disso, o tsunami de 2004 expôs internacionalmente outros problemas que a Indonésia enfrenta – como desigualdade social grave, desmatamento em grande escala que eleva a extinção de fauna e flora específicas do país – que não recebiam o devido destaque da imprensa internacional antes da tragédia.
            O relatório “The Tsunami Legacy: Innovation, Breakthroughs and Change” demonstra a preocupação das Nações Unidas, Cruz Vermelha e Crescente Vermelha frente a estes desastres. A ajuda dessas organizações a países que sofreram tragédias semelhantes posteriormente – como o Japão no início de 2011 – já usufruíram de uma estratégia para contenção de danos muito maior do que as vítimas da Indonésia, graças a apontamentos e ideias inovadoras que surgiram na conferência que deu origem a esse projeto. A Indonésia, infelizmente, pode ser fonte de pesquisa sobre diversas formas de catástrofe natural, à medida que sofreu com outra sequência de catástrofes posteriores a 2004: “terremotos de Nias e Yogyakarta ao ano seguinte, a erupção do vulcão Merapi, a corrente de barro de Sidoarjo, o terremoto e tsunami de Panandaran, as inundações em Aceh de dezembro de 2006 e as inundações de Jacarta em fevereiro são apenas as catástrofes mais graves no país, mas há muitas mais” (AGÊNCIA EFE, 2007).
            O mencionado relatório das Nações Unidas prevê mecanismos para ação após catástrofes e para prevenção, como, por exemplo, a instalação de aparelhos de monitoramento de maremotos no oceano Índico, que não existiam antes da tragédia na Indonésia, apenas no Pacífico, cujos alertas não eram tão precisos e nem previam ações de evacuação das áreas como na atualidade. Deu-se destaque neste documento aos resultados positivos gerados pelas comunidades locais e internacionais para resgate de feridos e assistência a sobreviventes.
            Conclui-se que um dos desastres mais acompanhados e devastadores da realidade trouxe a atenção para uma forma de fenômeno natural que não era tão remota, porém negligenciada. A partir de 2004, os países mais vulneráveis – em especial os banhados pelo oceano Pacífico e Índico – passaram a receber a atenção de organismos internacionais e de outros países do sistema internacional gerando a conscientização de que as grandes tragédias podem devastar tanto em países subdesenvolvidos quanto desenvolvidos se não houver planejamento, prevenção e iniciativa internacional para reconstrução após eventos naturais de grandes proporções.

Referências

AGÊNCIA EFE. Indonésia é o país mais exposto a desastres naturais no mundo. UOL Últimas notícias. Jacarta: 29 ago 2007. Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2007/08/29/ult1807u39671.jhtm> . Acesso em: 16 mai 2011.

UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAM. Report on tsunami recovery reveals need to involve local communities. Disponível em: <http://content.undp.org/go/newsroom/2009/april/report-on-2004-tsunami-recovery-reveals-the-need-to-involve-local-communities.en>. Acesso em: 16 mai 2011.

Tema: “A evolução da assistência humanitária nos desastres ambientais causados por Tsunamis que envolvem o Oceano Pacífico e Índico”
Integrantes: Daniele Bulmini Pires de Godoy, Karina Moysés, Vinicius Wingler Borba Santiago, Vitor Rocha de Araújo

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