Há 50 anos os japoneses estão sob uma ordem política que prega as virtudes do trabalho e da disciplina.
O Japão tem por tradição considerar os fenômenos naturais (seca, epidemias, erupções vulcânicas, etc.) como um sinal de alerta que prenuncia a queda do regime no poder. Pelos desastres ocorridos em 1945 (Bomba nuclear); 1923 (Terremoto em Tóquio); 1995 (Terremoto em Kobe) e o desastre do dia 11 de março deste ano, os filósofos japoneses consideram tais desastres como um fator que identifica a capacidade dos japoneses de superar obstáculos juntos, configurando uma identidade nacional de comportamento.
O governador de Tóquio, Ishihara Shintaro, fez um pronunciamento sobre o último tsunami como uma “vingança celeste”, entendendo o fato como um julgamento contra o “individualismo crescente”, o “materialismo” e o “culto ao dinheiro”, dinheiro que será empregado na reconstrução do país, “varrendo” este modo de vida desregrado e colocando o Japão no bom caminho.
Além do pronunciamento do governador, o imperador, figura no Japão, a ordem e a tutela dos indivíduos, levando a nação a ser muito ligada à sua pessoa e a perpetuação da dinastia. Tal condição permite que o governo japonês insira seu discurso sobre os desastres a vim de evitar possíveis perturbações da ordem pública.
Referências
JABER, Hana; JABER, Mounzer. O Estado Abandonado. Disponível em: <http://diplomatique.uol.com.br/artigo.php?id=914>. Acesso em: 11 maio 2011.
Subtema do grupo: "Comparação da funcionabilidade de ajuda humanitária em relação aos tsnumais ocorridos no Oriente nos anos de 2004 e 2011".
Integrantes: Beatriz Staffen/ Lucas C. Mazzoco/ Mariana A. Soares/ Matheus P. Patelli
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